Entramos na escola, cada um no seu tempo, para começar um novo dia de escola. Brincamos, cantamos e conversamos, juntos, a pares ou em grupo. Subimos as escadas, cumprimentamos a D. Almerinda, já atarefada com os almoços, e subimos a escadaria até ao segundo andar.

Todas as manhãs são uma animação e um começo de dia em diálogo com os amigos.

Já na sala, entregamo-nos a um lugar recheado de silêncio. Aos poucos, sem casacos, sem mochilas e carregados de vontade, pegamos no livro que estamos a ler. As conversas de há pouco dão lugar à curiosidade do enredo que iniciamos ou que estamos a seguir nas páginas inundadas de palavras, frases e parágrafos que saboreamos à medida que as lemos.

Todas as manhãs são uma animação e um começo de dia em diálogo com a nossa leitura.

Com o nosso livro vivemos aventuras e descobertas tão importantes. Com ele, sentimos e experienciamos histórias reais ou (im)possíveis com as quais nos identificamos, ou às vezes nem por isso. Através das histórias que lemos, ligamo-nos a personagens que, durante uns dias, aguardam por nós todas as manhãs para serem lidas e tomarem vida na nossa imaginação.

Todas as manhãs são uma animação e um começo de dia em diálogo com as personagens do nosso livro.

À medida que terminamos a leitura dos livros, sejam eles álbuns ilustrados, histórias de sempre ou novidades, vamos conhecendo histórias e, no final, pensamos como nos relacionámos com elas ao longo dos dias e a quem as recomendávamos.

Durante o dia, escrevemos uma recomendação numa pequena mensagem, sugerindo um dos livros que lemos a um amigo, explicando o que nos levou a recomendá-lo. Essa mensagem é anónima e é deixada no estendal dos saquinhos do amigo secreto dos livros que temos na nossa biblioteca de sala. (imagem dos saquinhos)

Todas as tardes de sexta-feira, de quinze em quinze dias, são uma animação e um final de semana em diálogo com as mensagens que recebemos uns dos outros. Partilhamos recomendações, admiramos os livros que nos chegam às mãos e que contam as histórias de tantas personagens que já se fizeram nossas amigas e “coisa mais preciosa no mundo não há”.

Magda Fernandes 

(Professora titular do 4.º ano)